O vereador Alessandro Almeida confirmou, de forma oficial, que não será candidato à reeleição na Câmara Municipal de Rio Claro nas eleições deste ano. A declaração aconteceu nessa semana em entrevista à Farol JC. O parlamentar, ligado às causas animais, também afirmou que está de malas prontas para sair do Podemos, legenda pela qual foi eleito, e que mesmo não concorrendo no pleito eleitoral irá se filiar a outro partido. Na oportunidade, fez um balanço do que pode ser seu único mandato. Confira alguns destaques da entrevista e a conversa na íntegra no youtube.com/jcrioclaro.

Quais os resultados nas pautas em defesa dos direitos dos animais?

Aquele que não reconhece que teve um avanço na causa animal de Rio Claro está desinformado ou tem um viés político por trás. Hoje temos seis veterinários no Canil Municipal, têm vacinas, remédios, a castração melhorou muito, temos um ônibus de castração nos bairros. Em março retornará esse serviço. Estamos na construção muito forte, já foi apalavrado pelo prefeito, pela UBS Animal, que vai ser ao lado do Canil no antigo prédio do Zoonoses.

Também colocamos, no início do mandato, o ensino do bem-estar animal nas escolas, está na Lei Orgânica do Município, o Geduc da Guarda Civil Municipal está fazendo. Meu projeto sempre foi uma pirâmide. Trabalhar forte na base a questão da educação, o atendimento às pessoas mais carentes com castração e o atendimento médico e veterinário. Está dando resultados.

Por que ainda não está implantado o cadastro dos carroceiros para acabar com a prática?

Já foi cobrado diversas vezes do secretário do Meio Ambiente, junto com o Desenvolvimento Social [equipe antiga da Vilma], e até agora não deram andamento. A verdade é essa. O poder público tem isso. Têm cerca de 17 pessoas que usam carroça, deveriam estar identificadas para que haja esse tipo de redução gradativa. Até hoje não teve solução, estou pensando em entrar com um projeto para proibir de vez, mas vai ter apoio dos outros vereadores? Em ano político? O poder público precisa tomar uma atitude.

Qual sua relação com o Podemos?

Não tenho problema algum com o Emílio Cerri [presidente do partido]. Ele tem os cargos partidários, quem falar que não tem é mentira. Ele está executando o trabalho.

E com o prefeito Gustavo Perissinotto?

Eu acredito muito no prefeito, é o que mais fez pela causa animal. Não tem prefeito melhor, hoje ele está tendo a sorte de ter duas faculdades na cidade, maior plano de asfalto e recapeamento. Está trazendo o crédito para a Prefeitura com fornecedores. Ele está fazendo muito pela cidade, independente de quem gosta ou não. Para prefeito eu apoio Gustavo. [Para melhorar] precisa trazer a iluminação de LED, com hospital público, zerar a fila de creches.

Realmente não será mais candidato?

Não sou mais candidato a vereador. Na minha cabeça era para eu vir como uma renovação. O principal projeto meu era a pirâmide da causa animal e deixar encaminhado. Consegui encaminhar e fazer muitas coisas. Portanto, entrego como missão cumprida. Queria ser vereador, fui o segundo mais bem votado, em outubro não sou candidato e a partir de 1º de janeiro sou cidadão comum.

Fica no Podemos?

Não fico. O maior partido da cidade hoje é o MDB, tem dois mil filiados. Não estar vereador tem que participar da parte política por conta de um ideal. Não vou continuar no Podemos, não vou para o MDB também, tinha convite, mas têm uns “players” do partido que não consigo conviver. Nada contra o vereador Hernani, temos um excelente relacionamento.

Pretende pleitear candidatura ao Executivo ou ser secretário caso Gustavo seja reeleito?

Não pretendo ter meu nome na urna. Não tenho pretensão nenhuma em ser secretário e não há convite, mas podemos discutir lá em janeiro. Não estou fazendo uma despedida, ainda tenho quase 10 meses para trabalhar. Até 31 de dezembro estarei trabalhando no que acredito.