Carine Corrêa
A situação sobre moradores de rua no coreto do Jardim Público de Rio Claro está com os dias contados. Tudo pode mudar com a presença da viatura da Guarda Civil Municipal (GCM) na praça a partir da próxima semana. A informação foi confirmada pelo comandante da corporação, Wladimir Walter, ao JC nessa terça-feira (1º).
“Ao contrário do que ocorre com as viaturas do Estado, que vêm prontas, as viaturas municipais passam por outro procedimento. Os carros não vêm equipados e são preparados depois que recebemos. Nesta semana os bancos das novas viaturas estão recebendo capas. As capas são necessárias porque o cinturão e a arma dos guardas podem acabar danificando o estofamento dos bancos a longo com prazo, com o tempo de uso”, comentou Wladimir.
A exposição das novas viaturas da Guarda ocorreu no dia 19 de fevereiro e, durante o evento, a GCM anunciou que uma das quatro viaturas que irão compor a frota da corporação permanecerá fixa no coreto da praça. Na ocasião, o comandante havia informado que a permanência da viatura aconteceria no começo de março.
Ação Social
Nessa terça, a reportagem do JC esteve na praça para conferir in loco as reclamações de frequentadores quanto a moradores de rua e sujeira no espaço público. No coreto, dois moradores de rua dormiam durante a tarde, enquanto um terceiro conversava sozinho e circulava de forma desorientada pelo centro da praça. Quem passava por perto reclamava do forte odor. “É bem provável que façam necessidades fisiológicas pela praça. O cheiro é muito forte”, comentou um dos frequentadores do Jardim Público.
O comandante da GCM ainda comentou que participou de uma reunião recentemente envolvendo a Secretaria Municipal de Ação Social. Nesta reunião foi discutida uma ação que irá ocorrer na praça no próximo dia 7, envolvendo a retirada dos moradores de rua.
Opinião Pública
Em outra oportunidade, o JC ouviu a população sobre a situação de um dos cartões-postais de Rio Claro. A maior parte dos munícipes concorda que falta segurança na praça.
“Na minha opinião, não é só o Jardim Público que está abandonado, mas toda a cidade. Na praça percebemos quem utilizaria o espaço para lazer e acaba não o fazendo em virtude da presença de moradores de rua. Eu sugiro a implantação de uma base 24 horas da Polícia ou Guarda Civil Municipal”, disse Igor Alessandro Vicentini.
“A prostituição é uma questão muito delicada no Jardim Público. Esse é um dos motivos que tornam a praça um lugar não agradável para outros frequentadores. Acredito que seria necessária uma mudança na praça. Assim quem sabe poderia ser mais frequentada e com ar de mais segurança”, comentou também Keize Vicentini.
“Sobre a situação dos moradores de rua, tenho muito dó. Eles ficam perambulando no frio e na chuva. No final da tarde, eles se concentram em volta do coreto. O poder público precisaria levá-los para algum lugar. Eles deveriam estar bem acomodados, junto de suas famílias e aquecidos em camas e lares”, lembrou na oportunidade Rosileire Ferreira.
Por fim, o jovem Rafael Oliveira fechou a discussão. “Eu acredito que falta segurança no Jardim Público. Se perguntar para mim o que poderia ser feito, eu lhe respondo: boa pergunta! Têm muitas crianças e jovens que frequentam a praça e são obrigados a conviver ao lado da prostituição. As autoridades precisam intervir urgentemente na praça.”