Secretaria Municipal de Cultura desenvolve o projeto “Galeria a Céu Aberto” na região do Lago Azul e da Avenida 32, em Rio Claro, com o intuito de oferecer qualidade de vida e obras de arte à população
Quem passa todos os dias pelo entorno do Lago Azul encontra uma nova paisagem: a cor cinza dos postes de eletricidade está indo embora. A ação se dá por conta de um projeto que a Secretaria Municipal de Cultura tem desenvolvido com artistas locais desde o final do ano passado, que leva o nome de Galeria a Céu Aberto.
O secretário municipal de Cultura, Dalberto Christofoletti, conta sobre o projeto e do intuito, que é fomentar as artes visuais pela cidade e permitir que toda população tenha acesso à cultura. “A ideia é espalhar obras por toda cidade, mas em espaços que sejam mais casuais para a população, e a principal ideia é que a pessoa esteja na rua ou num espaço público e de repente ela se depare com a arte, ou seja, ela não marcou um horário, não foi formalmente em uma galeria”, fala o secretário.
Dalberto fala ainda que o trabalho teve início no Centro Cultural, mas seguirá para outras áreas da cidade. “Começamos esse projeto pelo espaço do Centro Cultural, que é um local que tem a passagem de muitas pessoas, na sequência, passamos para a parte externa, circundando todo o Lago Azul e um trecho grande da Avenida 32 e a ideia é continuar. Chamamos alguns artistas para participar desse projeto e o objetivo é que ele continue na direção da Avenida Rio Claro e depois na Tancredo, até a Rodoviária, locais de maior fluxo e para que todos possam ter esse contato direto com a arte”, pontua.
Sobre os artistas que estão colorindo parte dos postes do local e também na subida da Avenida 32, inicialmente são dois: Victoria Martins, a Vixz, e Paulo Rocha. “Eu costumo passar tudo no digital antes, crio uma ideia, observo o que vou pintar, nesse caso são os postes, e relacionado ao meu estilo gosto muito de cores vivas, alegres, para trazer essa vivacidade, jovialidade e alegria, transmitindo tudo isso na cidade”, conta Victoria Martins, a Vixz, artista plástica.
Para o artista Paulo Rocha, trabalhar nos postes é algo diferente e desafiador. “Eu uso no meu trabalho um suporte alternativo, como papelão, madeira. E agora o poste, que é algo da cidade, do urbano, tem sido um desafio para mim, mas tem sido muito legal, afinal tenho conseguido passar tudo aquilo que projeto, com planejamento bem rápido, já que é rua, então é preciso estar atento”, fala o artista.
CUIDADO NECESSÁRIO
O projeto ainda está em andamento, mais postes serão pintados por outros artistas, mas é fundamental que a comunidade de Rio Claro e quem mais passar pela região todos os dias cuide com respeito do trabalho realizado.
“É importante lembrar que essa arte é uma arte pública, para toda população apreciar, para que todos tenham um conforto, um relaxamento, nesse dia a dia que é tão corrido. Quando a pessoa passar pela 32, ou aqui perto do Centro Cultural, indo para o trabalho, para o almoço, acaba tendo esse contato com uma arte de alta qualidade e, claro, pedimos para a população que ajude a preservar, que não haja pichação, destruição dessa arte para que possamos fazer mais experiências desse tipo”, finaliza o secretário Dalberto Christofoletti.