Um dos eventos mais tradicionais da cidade de Rio Claro, que antes acontecia no Jardim Público, hoje reúne centenas de pessoas todos os domingos, a partir das 11 horas, na Sociedade Philarmônica Rioclarense, para aproveitar bons momentos regados a música de qualidade e companhias agradáveis. Os apaixonados pela Seresta têm dia e hora marcados na Cidade Azul! O Rio de Janeiro sempre foi considerado capital da seresta, mas Rio Claro não fica para trás, sempre entregando muito amor pelo gênero musical e reunindo uma legião de fãs.
Valdir Duarte, presidente do conselho dos Seresteiros de Rio Claro, conta que a retomada dos encontros faz bem para a cidade como um todo e faz o público prestigiar novamente essa atração que tanto encanta a cidade. “Os apaixonados pela seresta se encontravam desde 1955 e em 1995 o Grêmio foi fundado. O espaço no Jardim Público foi construído e depois de muito tempo tornou-se inviável o espaço, veio a pandemia e com a retomada das atividades conseguimos viabilizar o espaço da Philarmônica para a Seresta acontecer, o que tem sido muito bom. Estamos reunindo todos os domingos aqui cerca de 200, 250 pessoas pessoas, no jardim tínhamos ainda um público um pouco diferente, mas com o passar do tempo acreditamos que possamos também retomar nossos encontros por lá”, fala, cheio de alegria, por falar de algo que tanto aprecia e ama.
Agostinho Parente, uma lenda viva da Seresta rio-clarense, precursor do gênero musical na cidade, conta sobre as lembranças que tem do primeiro baile que realizou no município. “O primeiro show que fiz foi o carnaval de 1954, com a orquestra Tupi, no Grêmio, e daí fiquei dentro de todo esse movimento. Tivemos na Philarmônica, no Bar da Avenida, no restaurante da cidade, no Bar Carinhoso, no Bar do Calipe. Aí me deu na cachola de montar um evento na cidade e montamos na Phila um jantar de seresta e chorinho, em 30 de setembro de 1984, e em seguida criamos o movimento de seresta na cidade. Depois disso, fomos para o Centro, nós fechávamos tudo para fazer seresta, foi quando mudamos para dentro do jardim e assim foi andando, foi crescendo, até a construção do palco, o recanto da saudade, inaugurado dia 8 de setembro de 1996 e aí não parou mais, criando músicos já falecidos e a seresta foi andando até hoje”, conta.
Parente comenta também que com a pandemia tudo precisou parar, mas que juntamente com a diretoria do Grêmio dos Seresteiros foi feita uma reunião para a retomada dos encontros e assim aconteceu, na Philarmônica, felizmente.
MÚSICO DE UMA VIDA – Paulo de Tarso Meira, o Paulão, entende-se músico desde sempre e está na seresta no mesmo tempo. Apaixonado por música e pelo ritmo, conta que começou junto com amigos e tudo foi ganhando a dimensão que tem com o passar do tempo. Figura carimbada do movimento da Cidade Azul, é dono de um carisma único e marca presença todos os domingos na Phila atualmente. “Juntamente com os amigos aqui, tentamos fazer uma música boa para todos, para animar a vida das pessoas, para proporcionar bons momentos”, finaliza.